Estava numa praça,logo acercou-se um velho conhecido que fazia tempo não mantínhamos contato,mas mesmo assim lhe perguntei sobre ela,eu não sabia nada sobre a terceira pessoa composta naquela conversa,somente a tinha visto passar por minha vista,nem mesmo sabia seu nome endereço,mas ele me falou dela e falou,falou,falou ele não falou nada bem dela,sempre com seu olhar de íris preto,dentes sujos,bafo de cachaça,talvez pela sua bebedeira minha família o tinha afastado do nosso âmbito mas não tinham me contado nada;
cabelo preto,tez preta,uma camisa vermelha com imagens azuis,não sabia bem o que estava escrito na camisa,mas chamava atenção pela seu contraste,afinal se fossemos decorar tudo o que esta escrito nas camisas nossa memória seria a de um elefante ancião;mas ele me falava dela mesmo com bafo de cachaça sem estar bêbado(ou estaria),eu aceitei,me subjuguei,torturei-me,pois não gosto de más palavras.
Achava eu que já tinha uma idéia formada sobre esta pessoa,pois já tinha me comunicado com ela,tinha me comunicado com ela pela sua forma de vestir,pelo seu cabelo,pelo seu andar,mesmo sem ter nunca escutado-a falar,talvez isso não fizesse nenhuma diferencia,pensando bem...talvez fizesse toda,mas em total,nunca a tinha escutado falar,mesmo assim pensava que tinha uma idéia formada sobre ela.
Mas ele me mostrou outra pessoa,a qual eu tinha cogitado tanto em minha cabeça não séria ela séria uma impostora uma haloplanta,na verdade não dei importância a aquela conversa,não dei importância ao que aquele mambembe,cigano,nômade,achava algo normal uma simples conversa,mesmo que não gosta-se das palavras que ele estava utilizando,os adjetivos ruins,no entanto estou acostumado,pois o século 21 vive contando pelas bocas vivas historias mal vividas e,ainda mais nunca pensei ter contato com ela.
Mas logo lhe disse adeus,desci a escadaria da praça que dava a rua,desci ligeiro pois lembrei que tinha que fazer um recado,quando aprecei o passo,choquei-me contra uma pessoa,para a minha perplexidade,para que os meus olhos se dilatassem como quando na sala de espera de um oculista,era ela,me esbarrei contra os livros que estavam na sua mão,todos eles caíram,todo o império que aquele bêbado tinha formado sobre ela caio também,e o meu império interior fez mais barulho que os livros de capa dura de filosofia que ela tinha em mãos,agachei-me para recolher os livros,e os coloquei em suas mãos novamente,ela me agradeceu,mantivemos uma conversa,muito gentil por parte dela,mas mesmo com aquela conversa tão gentil,a idéia que aquele homem tinha me passado me fez detestar-la,mesmo que ela fosse Ghandi,Cristo,ela pra mim séria uma miserável que merecia o inferno.
Sobe que ali tinha perdido uma pessoa amigável e sincera,tentei por varias vezes me distanciar,eu sabia que ela estava morta,era apenas uma alma vagando por ai,aquele conhecido da minha família a tinha matado por completo,ele é um assassino,mas a lei não o vai prender,nem mesmo abrir perecia para aquele fato,ele vai seguir caminhando por ai,ele matou uma pessoa que eu pudesse fazer-la querida do meu coração,ou talvez eu seja fraco demais,e eu seja o real assassino.
Muito bom isso! Gosto do ponto de vista psicológico, onde a visão é a visão da personagem, onde a realidade, por isso, é duvidosa.
ResponderExcluirO que uma palavra não faz, uma indicação, um maldizer, matou completamente a imagem criada na mente do ouvinte.
Além de que passei o texto todo querendo saber dela, rsrs
Abraço!