sábado, 19 de fevereiro de 2011
HOMEM DO SERTAO
E trocávamos faces para um lado e para o outro, enquanto ele me olhava quando eu virava o rosto, eu olhava pra ela quando ele virava o rosto, os sentimentos em mim ainda estão rasos, pois não os sinto, não os sinto na pele, queria que a força de meus sentimentos vigorassem até a pele, e que chorasse até que minha rasa vira-se mar, tantos choram quando sentem mas eu não choro, por isso que você me olhava e não sentia nada, talvez por isso você não se apaixonou por mim, em mim correu um emoção corriqueira quase sempre trapaceira, aquele homem, homem que cantavam tantas canções de requinte, mas poderia ser perfeitamente um daqueles comerciantes que gritam no centro, com seu bigode só sertão, tão feio e tão bonito de coração, cantava canções de requinte e as interpretava como homens de Fortaleza, era tão belo, tinha tanta beleza na cabeça careca, moreno quase preto, como poderia ser tão homem e homem Cráteus, que não sei se ele esta aqui ou esta no céu.
-Poderia cantar alguma canção de Caetano?Que não seja sozinho- Lhe disse rindo.
-........................................................................................................-Ele me falou com a cabeça, e cantou, foi tão lindo ele cantando e encantando.
Ele começou a cantar, tocou “Trem das Cores” e “Queixa”, em ordem diferente, as letras mudaram de tom e de ritmo, não que ele fosse melhor que Caetano mas as letras de Caetano ficaram mais claras na voz dele, Claras.
Você conseguiu que meus sentimentos aflorassem como flor na primavera; chorei que nem mulher depois de uma traição, ele me traiu e foi dormir com o violão, homem do sertão.
E os aviões no céu passando no céu da Parangaba, céu cheio de nuvens, me lembrava da minha Espanha, apanha as minha lágrimas, e as leva ao mar, não, não toque essa canção do Chico porque se não você ficara aqui a noite inteira perto de mim, fecharei à porta da minha casa, e o nosso espirito será um.
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