segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Correndo


Eu vi a cidade amanhecer
Eu vi a cidade se perfumar
Eu vi esta nua, tomar banho
por enquanto este dia durar
estou pronta pra começar
eu via a cidade se arrumar
pra rimar mais um dia
eu vi a cidade matar alguém

eu vi a cidade ir comprar o pão
eu vi a cidade pegar o ônibus
pagar o cobrador
sair do ônibus, ir trabalhar
eu via a cidade matar uma das suas células

eu vi a cidade preencher papeis
fazer anotações e cartões de visita
eu vi a cidade matar um dos seus órgãos

Na cidade escura dobra a rua
Silêncio nas janelas dela nua
Fudeu antes da noite
O açoite do pau que se acendeu no escuro
A ponta amarga, a carne crua
O ponto alto e nada muda
Nada se procria
Ela matou a vagina

A morte além da alma fica
Sem nada novo anuncia
Varre ventos cruciais
Jaz na cama, morta estais
Amanha vai ser outro dia
E os status estatais estarão
estarão mais além dos cartazes

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Torre Pisa


                                                                                              A Isaac Corrêia


    

    O sonho foi embasado em êxtase, tinha chegado ao ponto máximo, ou pelo menos a esse ponto máximo que ele conhecia: felicidade, porque dizem por aí que certas coisas não nos são reveladas pelas autoridades maiores, até a própria felicidade; com medo de acordar, mas já tinha acordado, o corte já estava feito, impossível remediar na hora instantânea, então mesmo ainda com aquela felicidade, não abriu os olhos logo ao acordar, depois de uma briga entre os pais, ele estava dividido, fim de semana com o pai, na semana com a mãe, nunca gostou de passar tempo com o seu pai, porque era um verdadeiro carpir, a casa era só dele, esse era o sofrimento, o pai não passava um segundo em casa, ou estava bebendo com os amigos ou estava trabalhando; então ele foi abrindo devagar um olho, esquecido do dia da semana, foi abrindo o olho fazendo força para que ele não transbordasse e abrisse de uma vez, fazendo disso uma dor sem fim dentro do momento, ou uma alegria de conforto e tranquilidade, feito propaganda de colchão, quando abriu o olho não conseguiu ver nada, para o seu desespero: ainda era noite, noite fria de … onde estariam os ventos? Então esticou os braços de um lado para o outro e não conseguiu chegar a pegar os óculos, onde estariam seus olhos? Levantou-se e tropeçou, logo o desespero criou outra forma feito uma palavra, mas aquela palavra( pai)… ele se sentiu só no mundo e se deu conta que estava só em casa, revelou-se dentro do quarto com vinte anos de idade, chorou com saudades do pai.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ensaio sobre o Tropa de elite


O filme ¨Tropa de elite¨ me deixou assustado, nas brutalidade na qual se pensam as idéias quando e são ditas, a violência contra a idéia, meu grande medo.
É o que diga Ferreira Gullar em seu livro: o novo grande luxo da burguesia é não se achar burguesa; ou era algo assim, não posso precisar pois o filme me assustou, ou só deu veneno ao meu medo que não morre e ficou em estado de dor, o filme tentou ser aquele velho sistema psicológico: para acabar com o seu medo enfrente-o, mas todos nós sabemos que um corte no braço não se cura com outro corte, eu nunca soube como funcionam de forma certa as coisas, todos os caminhos me levaram para a minha Roma, ou ao meu Acre.
Há no filme uma treplica, tal qual feito candidato à presidecia em palanque em um canal de TV as dez horas da noite, fato reveladora, " eu não acredito em uma polícia que leva em seu símbolo uma caveira", ou algo assim não posso ser preciso o filme ainda me assusta; essa frase é feito aquele ser que sempre esteve aí e nunca nos demos conta, Hitler, o amor, o ÉT, ou quem pensou e sabe das coisas como elas são, feito Deus, feito o Deus discutido e vivo, às vezes morto pela a arma felína da língua, ou portuguesa ou qualquer outra que não o seja; o simbolo indiscreto no entanto feito gorverno de Getulio Vargas aceitavel nada mais que isso.
Esses dias escrevi uma pequena frase meio sexual e pequenina sem intenção de relevar ao texto que diz: " peque em mim", O próprio filme, mesmo que sua intenção fosse pau na vagina; com força tão cruel como a da frase pau na vagina é que o rapaz começa pecar em cima do outro, quando o saco é colocado na cabeça do meliante " pede pra sair, pede pra sair!", enquanto peca encima do outro vemos que o faz para defender pessoas das drogas, mas eu sou levado por idéias e acredito que o diretor fez um filme para fazer uma crítica nada boa ao BOPE quando diz que não acredita em uma policia que leva uma caveira como símbolo, mas o filme me deixou assustado como realmente os que pecam encima dos outros, feito igreja católica.
O rapaz que faz papel de Lucas Lima, carrega arma sem bala, mas insiste em aponta-la, sem medo algum, faz um papel feito eu, ele é quem fica com a mulher do Wagner Moura, uma mulher linda, que na realidade não ficou nem com o cara bom nem com o ruim, porque nenhum dos dois eram vilões, e isso é triste.
Mas na real total, o filme pareceu um conto de fadas ao inverso, a historia é a mesma contada que todos já sabemos: milicias no Rio; é igual aquilo de Era uma vez, era um homem morto era outro, feito o predio mais alto do mundo que foi contruido na grande crisis de vinte e nove, que foi construido em um ano, numa crise de alcolatras e, cheiro de café; acho que americanos gostaram de ver esse filme eles que trouxeram o SIDA para o Brasil, ninguém consegue armas belicas para lutar contra o SIDA, americanos gostam de ver coisas resolvidas, o filme é a cara do Duro de Matar, o Wagner poderia ser o policial que pula do elicoptero, mas só que o Wagner morreria.Tudo isso se deve que o filme se reflete em fotografias americanas,no entanto é brasileira, é brasileira porque o diretor quis guardar o filme da pirataria, sendo esse o meu grande medo da força contra a idéia, eu sou um grão de açucar dentro de um grande caminhão, foi oque eu disse a ela quando transamos: a transa a força e a ideiologia juntas em um peque em mim.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem Grau Nenhum de amor

Tento buscar meus óculos
Dentro da escuridão
Essa mão dentro da vagina
Tento buscar meu óculos
Mas meus óculos já não me serve
Mas não me serve que nem uma roupa
Não me serve que nem um amor
Na realidade estou cego
E tal qual um tiro no peito
Que a esta hora da noite
É irremediável

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nada de invenção

     Na sala de aula de um colégio, uma professora perguntou aos alunos, "qual a invenção que vocês acham mais importantes criada pelo homem?"

     Um garoto do fundo exclamou calmo e sereno " Deus", desabafou irônico.