segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Correndo


Eu vi a cidade amanhecer
Eu vi a cidade se perfumar
Eu vi esta nua, tomar banho
por enquanto este dia durar
estou pronta pra começar
eu via a cidade se arrumar
pra rimar mais um dia
eu vi a cidade matar alguém

eu vi a cidade ir comprar o pão
eu vi a cidade pegar o ônibus
pagar o cobrador
sair do ônibus, ir trabalhar
eu via a cidade matar uma das suas células

eu vi a cidade preencher papeis
fazer anotações e cartões de visita
eu vi a cidade matar um dos seus órgãos

Na cidade escura dobra a rua
Silêncio nas janelas dela nua
Fudeu antes da noite
O açoite do pau que se acendeu no escuro
A ponta amarga, a carne crua
O ponto alto e nada muda
Nada se procria
Ela matou a vagina

A morte além da alma fica
Sem nada novo anuncia
Varre ventos cruciais
Jaz na cama, morta estais
Amanha vai ser outro dia
E os status estatais estarão
estarão mais além dos cartazes

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Torre Pisa


                                                                                              A Isaac Corrêia


    

    O sonho foi embasado em êxtase, tinha chegado ao ponto máximo, ou pelo menos a esse ponto máximo que ele conhecia: felicidade, porque dizem por aí que certas coisas não nos são reveladas pelas autoridades maiores, até a própria felicidade; com medo de acordar, mas já tinha acordado, o corte já estava feito, impossível remediar na hora instantânea, então mesmo ainda com aquela felicidade, não abriu os olhos logo ao acordar, depois de uma briga entre os pais, ele estava dividido, fim de semana com o pai, na semana com a mãe, nunca gostou de passar tempo com o seu pai, porque era um verdadeiro carpir, a casa era só dele, esse era o sofrimento, o pai não passava um segundo em casa, ou estava bebendo com os amigos ou estava trabalhando; então ele foi abrindo devagar um olho, esquecido do dia da semana, foi abrindo o olho fazendo força para que ele não transbordasse e abrisse de uma vez, fazendo disso uma dor sem fim dentro do momento, ou uma alegria de conforto e tranquilidade, feito propaganda de colchão, quando abriu o olho não conseguiu ver nada, para o seu desespero: ainda era noite, noite fria de … onde estariam os ventos? Então esticou os braços de um lado para o outro e não conseguiu chegar a pegar os óculos, onde estariam seus olhos? Levantou-se e tropeçou, logo o desespero criou outra forma feito uma palavra, mas aquela palavra( pai)… ele se sentiu só no mundo e se deu conta que estava só em casa, revelou-se dentro do quarto com vinte anos de idade, chorou com saudades do pai.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ensaio sobre o Tropa de elite


O filme ¨Tropa de elite¨ me deixou assustado, nas brutalidade na qual se pensam as idéias quando e são ditas, a violência contra a idéia, meu grande medo.
É o que diga Ferreira Gullar em seu livro: o novo grande luxo da burguesia é não se achar burguesa; ou era algo assim, não posso precisar pois o filme me assustou, ou só deu veneno ao meu medo que não morre e ficou em estado de dor, o filme tentou ser aquele velho sistema psicológico: para acabar com o seu medo enfrente-o, mas todos nós sabemos que um corte no braço não se cura com outro corte, eu nunca soube como funcionam de forma certa as coisas, todos os caminhos me levaram para a minha Roma, ou ao meu Acre.
Há no filme uma treplica, tal qual feito candidato à presidecia em palanque em um canal de TV as dez horas da noite, fato reveladora, " eu não acredito em uma polícia que leva em seu símbolo uma caveira", ou algo assim não posso ser preciso o filme ainda me assusta; essa frase é feito aquele ser que sempre esteve aí e nunca nos demos conta, Hitler, o amor, o ÉT, ou quem pensou e sabe das coisas como elas são, feito Deus, feito o Deus discutido e vivo, às vezes morto pela a arma felína da língua, ou portuguesa ou qualquer outra que não o seja; o simbolo indiscreto no entanto feito gorverno de Getulio Vargas aceitavel nada mais que isso.
Esses dias escrevi uma pequena frase meio sexual e pequenina sem intenção de relevar ao texto que diz: " peque em mim", O próprio filme, mesmo que sua intenção fosse pau na vagina; com força tão cruel como a da frase pau na vagina é que o rapaz começa pecar em cima do outro, quando o saco é colocado na cabeça do meliante " pede pra sair, pede pra sair!", enquanto peca encima do outro vemos que o faz para defender pessoas das drogas, mas eu sou levado por idéias e acredito que o diretor fez um filme para fazer uma crítica nada boa ao BOPE quando diz que não acredita em uma policia que leva uma caveira como símbolo, mas o filme me deixou assustado como realmente os que pecam encima dos outros, feito igreja católica.
O rapaz que faz papel de Lucas Lima, carrega arma sem bala, mas insiste em aponta-la, sem medo algum, faz um papel feito eu, ele é quem fica com a mulher do Wagner Moura, uma mulher linda, que na realidade não ficou nem com o cara bom nem com o ruim, porque nenhum dos dois eram vilões, e isso é triste.
Mas na real total, o filme pareceu um conto de fadas ao inverso, a historia é a mesma contada que todos já sabemos: milicias no Rio; é igual aquilo de Era uma vez, era um homem morto era outro, feito o predio mais alto do mundo que foi contruido na grande crisis de vinte e nove, que foi construido em um ano, numa crise de alcolatras e, cheiro de café; acho que americanos gostaram de ver esse filme eles que trouxeram o SIDA para o Brasil, ninguém consegue armas belicas para lutar contra o SIDA, americanos gostam de ver coisas resolvidas, o filme é a cara do Duro de Matar, o Wagner poderia ser o policial que pula do elicoptero, mas só que o Wagner morreria.Tudo isso se deve que o filme se reflete em fotografias americanas,no entanto é brasileira, é brasileira porque o diretor quis guardar o filme da pirataria, sendo esse o meu grande medo da força contra a idéia, eu sou um grão de açucar dentro de um grande caminhão, foi oque eu disse a ela quando transamos: a transa a força e a ideiologia juntas em um peque em mim.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem Grau Nenhum de amor

Tento buscar meus óculos
Dentro da escuridão
Essa mão dentro da vagina
Tento buscar meu óculos
Mas meus óculos já não me serve
Mas não me serve que nem uma roupa
Não me serve que nem um amor
Na realidade estou cego
E tal qual um tiro no peito
Que a esta hora da noite
É irremediável

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Nada de invenção

     Na sala de aula de um colégio, uma professora perguntou aos alunos, "qual a invenção que vocês acham mais importantes criada pelo homem?"

     Um garoto do fundo exclamou calmo e sereno " Deus", desabafou irônico.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nordestina Brasília







Brasília
É como pirâmide no deserto
Certo que ninguém lá
Morava
Antes da alvorada
Perto da pancada eleitoral

Candango cearense
Carente de gente
Não era Brasília
Ate a vinda do
Povo daqui
Pra construir
Ali

Tão bela como morar
Em outro planeta

Teta brasileira
Bandoleira
Trigueira dos campos
Do centro-oeste

Tão estranho como nascer
Em Brasília
É nascer em Marte
Arte de nordestina

Todos nos somos
Homos Brasília
Ilha da nossa capacidade
Dentro do arquipélago
verse o amor
Brasil.

 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dentre




Sinto medo quando me encontro a sós
Sou uma noite sem estrelas
Navio em tempestades
Marte sem vermelho
Um rio de barro
Pássaro sem eufonia
Sem galho nem cria
Cria que era um rei
Até que o reino me deixo
E fiquei sem castelo

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Poema do Pimento-Livro-Livramento





Vou me livrar deste livro
Ó livro! Como me livro?
Come-me livro!
livre do livro me consome liberto
o livro é parte deste meu corpo aberto

vou me livrar do meu livramento
vou ler um livro a cada momento
pimentos na rama do conhecimento

ler um livro para ter conhecimento
mas para ser sábio e estar liberto
é melhor deixar o livro aberto  

quinta-feira, 9 de junho de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vixe-Maria!





As formas
de diversidade da língua
portuguesa
excreta ao canarinho

tende a xadrez
tende a burguês
estes colonizadores lusos

uso tal forma
oral
de expressão
preso
disperso
no umbral

forma do marechal
acertada
confirmada
florífera
moldagem
prova
da academia
portuguesa
de letras
que prende
a toda gente
a falar
sem esbanjar
alegria
simpatia

nos faz mundanamente
fonte de expressão
não urbana
não popular
não consigo falar
como Saramago
amado e desprezado

por que sou da grande
favela brasileira
meiga
leiga
de Manaus
passando pelas bambas
do Rio
ate as pampas
perto do rio Riachuelo

o rei covarde não viu
a nossa parte

por isso é que eu digo
VIXE-MARIA!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Falso!

Eu sou um verdadeiro 
intelectual
leio jornal, a pagina criminal
e recrimino nos meus contos
que já ganharam muitos prêmios
mas quando vejo alguém apanhando
na minha frente viro a cara
como se a pessoa não fosse gente

Eu sim sou um verdadeiro intelectual
leio jornal, e jogo futebol
xingo o juiz
e faço xixi na calçada
e digo que eu sim sou revolucionário
desacato a ordem social 
mas digo que era tudo ideologia
me prendem mas me orgulho
mergulho num labirinto sem fim
dentro de mim
e me afoga o pé da letra

saio da cadeia
entro noutra cadeia social
quero romper as grades
mas a palavra sempre fica na ponte da língua
na verdade não passo de um simples intelectual

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vinte-quatro Versos para uma só Barata Morta



E a barata morreu vermelha e preta morreu
na teta do sujo
fugiram do habitar(o habitar fugido)
as formigas pretas que andam por aí 
como fantasmas sem alma
sem corpo
e até mesmo sem transparência

a Barata morreu sem nome
a barata que é tudo ou nada
a tal que poderia sobre-viver
a bomba-núclear 
mas morre tão rápido como morre
o dia que a bomba nunca será
uma morte merecida
a bomba só seria uma morte 
mas quem mata mesmo a barata é noite-e-dia

e a barata segue a sua vida
na morte segue a sua vida
a sua vida é agora na vida
nas bocas que rápido morreram
de formigas numa noite
fria de verão
a morte da barata é dar vida
as outras pequenas e nulas vidas
das pretas formigas





(NÃO COLOQUEI NENHUMA IMAGEM, POR CAUASA QUE A IMAGEM DE UMA BARATA ME É MUITO INCOMODA)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A missa em pleno carnaval


 Quando morávamos naquela casa no Cumbuco, minha mãe replicava que tinha medo do barulho das ondas, pois quando esbravejavam contra a areia faziam o barulho de um trovão melodioso e melancólico, parecia que esse trovão queria abrir as portas do seu coração fechado e rancoroso, de muitos homens e um Zeus que tanto lhe fizera mal, reclamava com o trovão do mar dizendo-lhe que ela não era nenhuma arvore propicia, nenhum eletrodoméstico acesso, mas sim um coração cheio de para-raios, um coração fechado, tão fechado que escorria pequenos rios de sangues nas mãos que o retinha, e que mãos eram essas? Eram as mãos dele, e quem era ele? Ela nunca me contou, mas a onda a fazia chorar, o sangue lhe escorria fazendo um rio longo e cheio de relevos, passava devagar dos olhos até o começo da bochecha, depois corria com pressa até o terminar do rosto.

 Aquela onda que se repetia, e aquele homem que eu não conhecia, mas se tivesse chance de ver-lo algum dia o espancaria, o insultaria, mas com que motivos? Se ela nunca me contou, ele era simplesmente o homem de nome que nem quero mencionar, ela tinha mais medo dele do que do próprio diabo, ela tinha e tem.

 As ondas seguem a bater na praia, lá onde ele se encontra, ela já não, agora mora quase no centro de Fortaleza, mas as ondas seguem lá, como que se tratasse do inferno, o inferno sempre está lá e ela sempre sentira medo, ele é um sacerdote com sua agua benta que nada cura, e seu pregar tenebroso, eu sou o menino rancoroso, que não sabe o porque, é uma missa que se passa todos os dias é uma missa em pleno carnaval.

domingo, 10 de abril de 2011

Em Trovejo

Hoje trovejou
e iniciou o meu dia
não sabia se escrevia prosa ou poesia

trovejou
e um céu escuro me atormentou
e nada chovia

o medo e o lamento dentro do apartamento
livros de auto-ajuda e a chuva não caia
a minha companhia era que eu não via

trovejava?
Ou era eu que estremecia?

domingo, 20 de março de 2011

Olhar de jovem cearense, sobre a velha santa de Copacabana(Palace)

                        


               O homem está sentado no sofá, na sala, o sofá bate contra a parede, como o tédio se ergue no pensamento profano da tarde, no criado-mudo o jornal; era década de vinte, e a grande bandeira da riqueza e relaxamento burguês estava sendo construída, essa grande bandeira branca tridimensional, que ocupa todo o quarteirão, o Copa era a capa do jornal.

                A vida no pais querendo se reconstruir, é a tal rotina do brasileiro reconstruindo-se sempre, verdadeira metamorfose ambulante, e o brasileiro querendo dizer ao mundo que ele poderia fazer grandes coisas, e poderia ser melhor do que os países da parte de cima da laranja esmagada, por tantas vezes ter sido jogada no chão, os países do hemisfério norte, com sua própria vida, e o Brasil que era um barriga branca querendo sair da aba da mulher de vestido longo e preto, constrói o Copa, o Copacabana Palace. Então foram criados, vários centros de relaxamento, chegaram biquinis, e começou-se a fazer muito esporte na praia, os filhos do ricos começando a criar as suas vidas de “Playboy’s”, todo o mundo achava que ir a praia era coisa de gente pobre, e “farofeiro”; mas o Copa criou outra visão sobre tudo, até sobre a própria visão, pois o “Cristo Redentor” também estava sendo construído, a visão do carioca, agora tinha entrado para dentro de si mesmo, e a visão do mundo, era agora de olhos cheios, olhos brancos, olhos Copa, a partir do então os fluminenses da capital poderiam ser chamados de cariocas.

              Mas ele, ele nem imaginava por que tanta imensidão, o jornal não era dele, ele pouco se interessava, a coceira nos ovos de instantâneo prazer era mais importante, mas ele sábia que aquelas meninas “branquinhas” das belas casas que ele encontrava durante sua ida ao trabalho, iam estar lá, a sua farda de garçom, que ele não gostou nada, digo não gostou nada pois ele ia trabalhar no Copa e era seu primeiro dia, era noite de treze de agosto de mil novecentos e vinte e três, a beleza do prédio era inigualável, soberba garantia, que Clara, Catarina e Gabriela estariam lá, as viu e as conquistou, deixou as copas de champanhe encima de sua mesa, e olhou fundo nos olhos de cada uma, a cada vez, primeiro Catarina, que lhe retribuiu, logo Clara que piscou para ele, e Gabriela fez posição de prostituta, depois de ter passado, o dia todo inaugurando a praia, estavam bem bronzeadas, eram muito bonitas, elas deram-lhe uma nota, “depois passe na suite presidencial”. Na porta da suite baterá, elas abriram a porta e a suruba começou. Para que saber sobre as brigas das religiões pela construção do cristo redentor? Para que saber que o Copa representava nova vida para o Brasil? Se na noite da inauguração, do Copacabana Palace ele estava transando com três meninas muito ricas, muito bonitas, e ainda ia ganhar uns trocados depois de tirar o pênis da vagina, da branca.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Naturalismo


Abita um bicho em mim
Tenho medo de bicho
Bicho é assim,paira para pairar
Naturalistas,escritores,cientistas,músicos
ricos não pairam,pobres sim...

Bichos não são naturalistas
Só homens,mulheres...nem pensar

O tempero da racionalidade
É a perca
E de não ter,é não ter perca
O mercado esta de portas abertas
No entanto fechadas
Para quem não é naturalista
Surfistas moram nas praias
Imperialistas dentro do mercado


(DEPOIS DA MINHA CONVERSA COM HERMES DECIDE POSTAR ESTA POESIA)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SEXTETO PARA Fortaleza



Ó Fortaleza está tão bela!
que até parece que não passou pelo bache da ditadura
ela esconde o peito que saiu do quadro
da revolução francesa
a bandeira é verde
mas a lembrança é branca de tão esquecida

mas os prédios do teu coração
do teu Centro te revelam
velam para que a lembrança fique vermelha de tão intensa
cidade que quando vê o predio da justiça(injustiça)
vejo que ainda não perdeu a frase
desgastada

é um prédio tão grande que parece
desesperar, e eu me desespero mais
quando vejo que é feito de concreto
e que não é desta era
espero que um dia tudo acabe para que
eu possa voltar pra lá

Centro da cidade que abrigas mais que a maldade
eis o mundo inteiro num bairro só
te escondes por dentro da cidade maravilhosa
pulmão que respira
e aspira pó de seus moradores
de tão podres e tão sujos vivem

Um olho no túmulo
que seus moradores fizeram questão
de enterrar
todos estão cegos e ninguém quer ordem e progresso
o regresso de seus moradores
fala mais alto do que o lamento da prostituta com os dois peitos de fora


(II)

Ó Fortaleza
travesti de esperteza
numa esquina entre a “Duque de caxias”
e a “Padre Ibiapina”

Tua favela da Aldeota
teu Bom Jardim
bairro nobre

Bom jardim
de flores mal cuidadas
de mães enganadas
plagiadas
envenenadas
com inseticida barato que mata barata

As baratas do centro da cidade
motel por todas partes
onde transam em luxuria
os meninos que moram
na favela

sábado, 19 de fevereiro de 2011

HOMEM DO SERTAO





E trocávamos faces para um lado e para o outro, enquanto ele me olhava quando eu virava o rosto, eu olhava pra ela quando ele virava o rosto, os sentimentos em mim ainda estão rasos, pois não os sinto, não os sinto na pele, queria que a força de meus sentimentos vigorassem até a pele, e que chorasse até que minha rasa vira-se mar, tantos choram quando sentem mas eu não choro, por isso que você me olhava e não sentia nada, talvez por isso você não se apaixonou por mim, em mim correu um emoção corriqueira quase sempre trapaceira, aquele homem, homem que cantavam tantas canções de requinte, mas poderia ser perfeitamente um daqueles comerciantes que gritam no centro, com seu bigode só sertão, tão feio e tão bonito de coração, cantava canções de requinte e as interpretava como homens de Fortaleza, era tão belo, tinha tanta beleza na cabeça careca, moreno quase preto, como poderia ser tão homem e homem Cráteus, que não sei se ele esta aqui ou esta no céu.

-Poderia cantar alguma canção de Caetano?Que não seja sozinho- Lhe disse rindo.

-........................................................................................................-Ele me falou com a cabeça, e cantou, foi tão lindo ele cantando e encantando.

Ele começou a cantar, tocou “Trem das Cores” e “Queixa”, em ordem diferente, as letras mudaram de tom e de ritmo, não que ele fosse melhor que Caetano mas as letras de Caetano ficaram mais claras na voz dele, Claras.

Você conseguiu que meus sentimentos aflorassem como flor na primavera; chorei que nem mulher depois de uma traição, ele me traiu e foi dormir com o violão, homem do sertão.

E os aviões no céu passando no céu da Parangaba, céu cheio de nuvens, me lembrava da minha Espanha, apanha as minha lágrimas, e as leva ao mar, não, não toque essa canção do Chico porque se não você ficara aqui a noite inteira perto de mim, fecharei à porta da minha casa, e o nosso espirito será um.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Olhas




O que é que você pensa?
que tanto pensa
que pensa tanto

Que te olho
com a minha poça
E tu me olhas com o teu oceano

Mas olhas que não me olhas
fingindo que me olhas
Olhas pro mundo
com olhos fundos

E nunca me olhas
com olhos profundos

Que eu fico na beira
da tua praia
e nunca salpica nem a onda
que esbraveja na areia

É olho quente a tua agua no meu olho

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Preciso Chorar



hoje preciso chorar, e gritar!

ficar nu
de corpo e alma
me encostar no ombro de alguém
mas não tem ninguém
talvez se tivesse
não estivesse assim
então me encosto
no recanto do vento
onde o tempo
se deixou em ombro
me sobrepondo
a este mundo de acasos
ás vezes feliz
sempre triste

levo a viver rastos de vida
na lida do outdoor
na traseira do caminhão

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Haikai, Canção, Cearense!



Eu toco violão sem uma corda
tomo coca-cola quente,jogo futebol com bola furada
eu sou cearense eu sou uma cilada

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ele se foi




E eu olhei pro céu
e ele desceu de uma rama
de fluído vital
que se deixou derramar

meu namorado
se deixou cair do céu
por me amar
ele me ama!

tratando de amor,
ele se depôs por muito
tempo a mim

mas um dia de noite ele voltou
aos céus, foi solicitado
por Deus

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Confissão de um Colégio





Foi uma semana depois que às aulas começassem, que ele apareceu, ele estivera sentado perto de mim,na cadeira do lado, óculos branco como a tez no rosto, bonito como um deus grego(Narciso perdera feio para ele), o corpo todo desleixado na cadeira de colégio de um só braço, relógio no extremo da extremidade, os dentes tão limpos...ai meu deus, que dentes limpos e perfeitos feitos para beijar até o apocalipse chegar, a musica da sala se pôs em poente quando ele abriu a boca a esbanjar filosofia, Sofia,Marta e todos as meninas da sala estava o tempo inteiro na sua cadeira, até o macho mais “macho” dizia que ele era bonito; elas faziam fila para sentar do lado dele, a moça prosada o dia inteiro na cadeira dele era Thalia, ele nunca efetivou nada com nenhuma delas, e todas eram realmente belas, magrelas expostas para ele em vitrina de moda.

Os dias passaram e passaram, e tudo seguia, a sequinha dos meninos másculos da sala era evidentemente clara,os olhares bodum contra o menino lindo. Passou, passou outro dia.

Mas naquele dia ele chegou como sempre, as meninas como sempre, no entanto eu olhei do lado de trás,e elas tinham se apartado dele,tudo estava confuso aquela sala que era tão agitada por causa dele,parecia um rio na noite do sertão, mas então o que tinha acontecido?É amigos...ele falou a elas ele, “meninas já basta eu sei o que vocês querem comigo,basta eu sou gay”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Suplica

Poeta Deus
Deus que é poeta
a meta da vida é chegar onde ninguém chegou
mas ninguém sabe partir para ir direito,direto

a saudade
o amor
estão a passar cada dia
e ninguém os quer conquistar

Deus te suplico em suplica
passageira no entanto
tão costumeira
que o amor surja para todos
igual ao mar

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Brasil na real





O meu olhar
surreal mais do que real
do Ceará há Brasil a dentro
surreal de tanta misséria
no entanto de tanto Real

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Não Me Importa Morrer à Praia


Ganharei à vida, comerei do pão
que o diabo amassou
Soarei a trabalhar até o dia raiar
E o pássaro migrar
No entanto não me importaria morrer
Na praia

Rico serei
Risco serei
Dinheiro ganharei
Intelectualmente ressuscitarei
Morrerei no mar
Sem querer cruzar o oceano
Sem nenhuma pretensão
De Cabral
Olho,me molho e volto pra praia
Gozar mar,praia não farei nada!
Lutarei,revolução farei
Mas nunca acabarei
E morrer à praia

Onde você me quiser encontrar
Estarei no mar

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Clara clara



Clara é tão clara
como o rio onde
Narciso se fez em reflexo e morreu

Tão complexa como a flor que sucumbiu
de seu leito feita moimento

E tão soberana e fantástica
coma a Atlântida
morta que Narciso
criou baixo d'agua

A palma da tua mão
me relata o Armagedom.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Clara e o meu amor por ela.

-Vês Clara aquele arco?

-Sim,o vejo.

-Eis tu,tens o coração rígido como a madeira do arco,e a cara também,mas existe,ainda,um ponto vermelho no meio do arco,onde um arqueiro conseguira atingir sua flecha.

-Vos me sentes assim?

-Sim!

-Por quê?

-Porque eu sou uma legião de arqueiros apontando para o ponto vermelho do arco,e até hoje nossas flechas foram todas desviadas.

Internet!



A internet
que mudou o vocabulário do mundo
atualizou duas vezes mais rápido
ressuscitou palavras mortas
o rio onde Narciso morreu e ressuscitou
o inglês,português,inglês

pornografia e literatura
cultura,formosura
mais altura de nível
cordel,bordel,anel
internet puta

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Pessoa Sociedade




Já não sou tão interessante
não,é?
Você que me quer
você que me queria

A verdade
dita por ultimo
é mentira!
Quem atira no ladrão é bonzinho
mocinho
super-herói
na verdade mora na lama
tanto quanto o ladrão
Mas a verdade foi dita por ultimo

Numa sociedade primeiramente
maquiavélica,maléfica,adepta a tudo,a tudo que não haja
compaixão