quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sem Grau Nenhum de amor

Tento buscar meus óculos
Dentro da escuridão
Essa mão dentro da vagina
Tento buscar meu óculos
Mas meus óculos já não me serve
Mas não me serve que nem uma roupa
Não me serve que nem um amor
Na realidade estou cego
E tal qual um tiro no peito
Que a esta hora da noite
É irremediável

2 comentários:

  1. Os conservadores não vão gostar da vagina que aparece do nada.
    Não é um uma boa ideia procurar os óculos dentro de uma vagina. Na verdade, você será sempre cego se procurar óculo em coisas exteriores a você mesmo. Mas não sei se a felicidade é enxergar. Pode ser. Mas a felicidade não é encontrada alhures, né.

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  2. Lembrei do livro A Luneta Mágica, de Manuel Antônio de Almeida, acho! Muito bom livro!

    Mas, enfim, a poesia, a procura pela lucidez na escuridão; as vezes a passagem se fecha e não tem mais por onde escapar.

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